Dados do Trabalho

Título

Prurido induzido por inibidores de checkpoint imunológico: incidência e abordagens para um manejo eficaz.

Introdução

Os inibidores de checkpoint revolucionaram o tratamento oncológico ao se tornarem uma alternativa às terapias convencionais. Contudo, eles estão associados a um aumento das reações adversas imunomediadas, incluindo o prurido, causado pela ativação exacerbada das células T e a liberação de citocinas pró-inflamatórias, como interleucina-6 e fator de necrose tumoral-alfa.

Objetivo

Descrever a incidência e as principais estratégias para manejo do prurido em pacientes tratados com inibidores de proteínas PD-1, PD-L1 e CTLA-4.

Metodologia

Estudo observacional e retrospectivo realizado em uma clínica de oncologia em Salvador-BA, envolvendo pacientes tratados com inibidores de checkpoint entre janeiro e dezembro de 2021. Os dados foram analisados com o Microsoft Excel 2019.

Resultado

Entre os 69 pacientes analisados (30-94 anos), 55,07% eram homens e 44,93% mulheres. Foram registradas 84 reações dermatológicas, com 20% (17 casos) sendo prurido. O pembrolizumabe foi o agente mais associado (11 casos), seguido por nivolumabe em monoterapia (4 casos). A combinação nivolumabe + ipilimumabe e o durvalumabe resultaram em 1 caso cada. Nenhum caso foi associado a atezolizumabe, avelumabe ou cemiplimabe. A maioria dos casos foi classificada como grau 1 ou 2. As estratégias de manejo incluíram uso de hidratantes, protetores solares, aumento da ingestão de líquidos e prescrição de antialérgicos.

Conclusão

O prurido ocorreu em 20% dos pacientes tratados com inibidores de checkpoint, sendo de baixa gravidade e manejado com hidratantes, antialérgicos e fotoproteção. O tratamento adequado permitiu a continuidade da terapia oncológica, reforçando a importância de intervenções precoces para minimizar efeitos adversos e otimizar os benefícios clínicos da imunoterapia.

Palavras Chave

Prurido; Reações Adversas a Medicamentos; Imunoterapia